Eu não gosto de olhar pro lado e sorrir, como se a vida sorrisse pra mim.
Eu só não quero tapar um muro de concreto com sofá de dois lugares.
Eu só queria esperança, paz mesmo que se desfarelasse da pior forma possível.
E como quem pede abrigo, sair e nunca mais voltar pro lugar de onde estou,
mesmo sendo tudo muito lindo, tudo muito familiar,
Isto não me cabe, acaso cabem vocês?
Não me caibo diante do que sou. Se é que sou!
Não me entendes né? Não quero sua compreensão,
não quero sua solidariedade.
Até aqui não tem me servido todos esses tapinhas nas costas e os apertos de mão.
Não há solução em um “vai da tudo certo, você vai ver!”.
Não quero suas palavras de encorajamento.
Não quero o sorriso amarelo que me oferecem.
Bastava-me um silencio honesto,
um abraço que me acolhesse alma,
e me dissesse sem palavras o que é o amor.
Assim caminha a humanidade,
Com passos de egoísmo e sem vontade.
Sobrecarregado e trôpego.
Entre os andarilhos do rizo as garras podres da inconstância.
O dia sem chances de ser feliz segue.
(Mallu Medeiros)
Nenhum comentário:
Postar um comentário